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  • Foto do escritorYukê Comunicação

Pacientes com sequelas da covid podem receber tratamento gratuito

Texto: DC Mais


imagem de uma pessoa em triagem
Atendimento é gratuito | Foto Aline Jasper/UEPG

Além de comprometer o sistema respiratório, a covid-19 pode trazer graves sequelas que afetam diversos órgãos e sistemas do organismo, como o neuromuscular, digestivo e fonatório, além do psicológico. Os riscos são mais graves em pessoas que passaram muitos dias internadas e submetidas à ventilação mecânica.


A boa notícia é que a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) passou a contar com um Ambulatório Multiprofissional de Reabilitação no Hospital Universitário (HU-UEPG), que oferece tratamento gratuito aos pacientes em recuperação das sequelas deixadas pela doença.


Considerado pioneiro no Brasil, o projeto integra o plano de otimização dos laboratórios multiusuários da universidade e intensifica a ligação entre a UEPG e o HU-UEPG, por meio do Departamento de Educação Física, coordenado pelo professor Gonçalo Cassins Moreira do Carmo, que é membro do Comitê Gestor do Ambulatório.


De acordo com a fisioterapeuta Juliana Carvalho Schleder, doutora e coordenadora da Reabilitação do HU-UEPG, o ambulatório é formado por uma equipe da Residência Multiprofissional de Saúde do Hospital Universitário, das áreas de Educação Física, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Psicologia e Serviço Social.


“O Departamento de Educação Física cedeu espaço para que os pacientes pudessem ser atendidos nesse local. Os atendimentos começaram em abril e são realizados de segunda a sexta, das 7h às 19 horas, em pessoas em recuperação da covid-19 que estavam internadas no HU-UEPG”, disse.


Atendimentos

Os pacientes são atendidos três vezes por semana, de acordo com o tipo de tratamento. Os profissionais de educação física e fisioterapia auxiliam os pacientes, que passaram por um longo período de internamento, a restabelecer o condicionamento físico, como caminhada, por exemplo. O tratamento com esses profissionais também contribue na respiração dos pacientes.


“Com o fonoaudiólogo são atendidos os pacientes com dificuldades de olfato, fala e deglutição. Na psicologia passam pacientes que, muitas vezes, estão desacreditados na recuperação ou que entraram em depressão após a doença”, explica Juliana. Profissionais da Nutrição e Serviço Social realizam acompanhamentos conforme o andamento do tratamento.


O Ambulatório conta com uma profissional Fisiatra, médica especialista em reabilitação e três enfermeiros do HU-UEPG. “Como ainda estamos com uma limitação de profissionais, apenas pacientes do Hospital Universitário estão passando pelo tratamento que dura cerca de 12 semanas. Mas todos que passaram por aqui se recuperaram antes desse tempo. Temos o objetivo de ampliar os atendimentos por meio de encaminhamentos feitos pela 3ª Regional de Saúde”, comentou a fisioterapeuta.


Fila de espera

O Ambulatório começou com 111 atendimentos em abril e em julho já registrava 389 atividades realizadas junto aos pacientes. “O número foi aumentando conforme os pacientes foram aderindo ao programa. Hoje estamos com uma fila de espera de nove pacientes para iniciar o tratamento. Começamos atendendo pessoas idosas e hoje a média de atendimento são de pessoas que têm, em média, 42 anos”.


Para a profissional, o tratamento realizado pela equipe multiprofissional é um recurso importante para que os pacientes possam voltar às suas rotinas. “A covid-19 repercute no psicológico e no contexto social, então o nosso objetivo é promover a recuperação do ser humano para que ele possa voltar ao mercado de trabalho, por exemplo”, disse.



Prefeitura conta com clínicas credenciadas para o tratamento

A Prefeitura de Ponta Grossa também faz o encaminhamento de pacientes para tratamento de sequelas de covid detectadas pelo médico para três clínicas credenciadas. “A maioria das sequelas persistentes concentra-se na área motora e respiratória dos pacientes, normalmente leves e moderadas, tais como dispneias, problemas motores relacionados a locomoção e atividades de vida diária”, informou a Fundação Municipal de Saúde (FMS).


Segundo a FMS, de março a julho deste ano dez pacientes foram atendidos no serviço ambulatorial de fisioterapia nas clínicas credenciadas. No mesmo período, foram realizados três atendimentos domiciliares. Todos apresentaram melhora e receberam alta.


Para ser encaminhado às clínicas conveniadas, o pacientes precisa da guia de médico especialista do SUS ou ter recebido alta hospitalar. Deverão se dirigir à Central de Agendamentos, ao lado da rodoviária, das 8h às 11h30 ou das 13h às 16 horas. Pacientes que não possuem solicitação de fisioterapia, podem procurar a Unidade Básica de Saúde de sua referência.


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